Estimativa de Idade por Meio de Análise Visual das Superfícies Anatômicas das Sínfises Públicas e Epífises Mediais da Clavícula

Autores

  • Thais Helena dos Santos Salgado Departamento de Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), SP, Brasil
  • Ana Flavia de Carvalho Cardozo Departamento de Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), SP, Brasil
  • Alexandre Raphael Deitos Instituto Nacional de Criminalística, Diretoria Técnico-Científica da Polícia Federal, DF, Brasil
  • João Sarmento Pereira Nato Departamento de Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), SP, Brasil
  • Vanessa Galeggo Arias Pecorari Departamento de Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), SP, Brasil
  • Luiz Francesquini Júnior Departamento de Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.17063/bjfs12(4)y2025327-339

Palavras-chave:

Antropologia forense, Determinação de idade pelo esqueleto, Bancos de ossos

Resumo

A Antropologia Forense é um meio auxiliar de identificação muito importante para a estimativa da idade em casos de esqueletos em elevado grau de decomposição, mutilação, esqueletização ou fragmentação. Objetivo: Avaliar a aplicabilidade de métodos qualitativos para estimativa de idade em uma amostra brasileira moderna. As análises morfológicas das sínfises púbicas e das epífises mediais da clavícula foram feitas por meio de tomadas fotográficas (câmera digital Canon® e com uso da escala n° 2 da ABFO). Os dados coletados abrangeram informações como sexo, idade, ancestralidade e causa da morte. Os critérios de seleção da amostra consideraram a integridade dos esqueletos, a qualidade de preservação e a faixa etária entre 17 e 65 anos. A análise estatística incluiu testes qui-quadrado para avaliar a associação entre as fases morfológicas e as faixas etárias, além de intervalos de confiança, sensibilidade e especificidade. A amostra foi composta por 15 esqueletos femininos (22 a 65 anos) e 40 masculinos (17 a 65 anos), com média e mediana de idade de 37 anos. Os testes estatísticos apontaram significância apenas na amostra masculina referente à análise da sínfise púbica. Os resultados foram promissores, embora apenas a amostra masculina na análise da sínfise púbica tenha apresentado significância estatística. Este estudo ressalta a importância de validações regionais e da aplicação de metodologias específicas para amostras populacionais diversificadas.

Referências

Brooks S, Suchey JM. Skeletal age determination based on the os pubis: a comparison of the Acsádi-Nemeskéri and Suchey-Brooks methods. Hum Evol. 1990;5(3):227-38. http://dx.doi.org/10.1007/BF02437238

Milenkovic P, Djukic K, Djonic D, Milovanovic P, Djuric M. Skeletal age estimation based on medial clavicle—a test of the method reliability. Int J Legal Med. 2013;127:667–76. http://dx.doi.org/10.1007/s00414-012-0791-6

Daruge E, Daruge Júnior E, Francesquini Júnior L. Tratado de Odontologia Legal e Deontologia. 2ª ed. São Paulo: Editora Santos; 2019.

Khandare SV, Bhise SS, Shinde AB. Age estimation from cranial sutures – a postmortem study. Int J Healthc Biomed Res. 2015;3:192-202.

Interpol. Disaster Victim Identification Guide. 2018.

Chantharawetchakun T, Vachirawongsakorn V. Age estimation in the Thai male population using epiphyseal union of the medial clavicle. Chiang Mai Med J. 2021;60(2):149-56. http://dx.doi.org/10.12982/CMUMEDJ.2021.13

Villa C, Lynnerup N. Age estimation of skeletal remains: principal methods. Res Rep Forensic Med Sci. 2014;4:3–9. http://dx.doi.org/10.2147/RRFMS.S35660

Vanrell JP. Odontologia Legal e Antropologia Forense. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019.

Machado CEP, Deitos AR, Velho JÁ, Cunha E. Tratado de Antropologia Forense - Fundamentos e Metodologias Aplicadas à Prática Pericial. Campinas: Millennium; 2022.

Savall F, et al. Age estimation at death using pubic bone analysis of a virtual. Int J Legal Med. 2018;132:609–15. http://dx.doi.org/10.1007/s00414-017-1656-9

Todd T. Age changes in the pubic bone. I. The male white pubis. Am J Phys Anthropol. 1920;3(3):285-334. http://dx.doi.org/10.1002/ajpa.1330030301

Brooks ST. Skeletal age at death: the reliability of cranial and pubic age indicators. Am J Phys Anthropol. 1955;13:567-97. http://dx.doi.org/10.1002/ajpa.1330130403

McKern TW, Stewart TD. Skeletal age changes in young American males analyzed from the standpoint of age identification. Quartermaster Research and Development, Massachusetts; 1957.

Nemeskéri J, Harsányi L, Acsädi G. Methoden zur Diagnose des Lebensalters von Skelettfunden. Anthropol Anz. 1960;1:70-95.

Pattamapaspong N, Madla C, Mekjaidee K, Namwongprom S. Age estimation of a Thai population based on maturation of the medial clavicular epiphysis using computed tomography. Forensic Sci Int. 2015;246:123.e1-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.forsciint.2014.10.044

Falys CG, Prangle D. Estimating age of mature adults from the degeneration of the sternal end of the clavicle. Am J Phys Anthropol. 2015;156(2):203-14. http://dx.doi.org/10.1002/ajpa.22639

Houpert T, Rerolle C, Savall F, Telmon N, Saint-Martin P. Is a CT-scan of the medial clavicle epiphysis a good exam to attest to the 18-year threshold in forensic age estimation? Forensic Sci Int. 2016;260:103.e1-3. http://dx.doi.org/10.1016/j.forsciint.2015.12.007

Cerezo-Roma JI, Espinoza POH. Estimating age at death using the sternal end of the fourth ribs from Mexican males. Forensic Sci Int. 2014;236:196.e1-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.forsciint.2013.12.044

Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Int Biometric Soc. 1977;33(1):159-74. https://doi.org/10.2307/2529310

Langley NR. The lateral clavicular epiphysis: fusion timing and age estimation. Int J Legal Med. 2016;130:511–7. http://dx.doi.org/10.1007/s00414-015-1236-9

Schaefer MC, Black SM. Epiphyseal union sequencing: aiding in the recognition and sorting of commingled remains. J Forensic Sci. 2007;52(2):277-85. https://doi.org/10.1111/j.1556-4029.2006.00381.x

Langley-Shirley N, Jantz RL. A Bayesian approach to age estimation in modern Americans from the clavicle. J Forensic Sci. 2010;55(3):571-83. http://dx.doi.org/10.1111/j.1556-4029.2010.01089.x

Sakaue K. Application of the Suchey–Brooks system of pubic age estimation to recent Japanese skeletal material. Anthropol Sci. 2006;114:59–64. http://dx.doi.org/10.1537/ase.00098

Berg GE. Pubic bone age estimation in adult women. J Forensic Sci. 2008;53(3):569-77. http://dx.doi.org/10.1111/j.1556-4029.2008.00712.x

Sarajlić N, Gradaščević A. Morphological characteristics of pubic symphysis for age estimation of exhumed persons. Bosn J Basic Med Sci. 2012;12(1):51-4. http://dx.doi.org/10.17305/bjbms.2012.2534

Taruffo M. Le prove scientifiche nella recente esperienza statuniense. RFDPC. 1996;8(2):205-50.

Cunha TT, et al. The Brazilian identified human osteological collectionns. Forensic Sci Int. 2018;289:4491-6. https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2018.05.040

Downloads

Publicado

2025-02-28

Como Citar

dos Santos Salgado, T. H., de Carvalho Cardozo, A. F., Deitos, A. R., Sarmento Pereira Nato, J., Galeggo Arias Pecorari, V., & Francesquini Júnior, L. (2025). Estimativa de Idade por Meio de Análise Visual das Superfícies Anatômicas das Sínfises Públicas e Epífises Mediais da Clavícula. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics, 12(4), 327–339. https://doi.org/10.17063/bjfs12(4)y2025327-339

Edição

Seção

Artigo Original